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A próxima Tempestade Perfeita: a convergência da IoT com o Blockchain e a Inteligência Artificial – Observatore

A próxima Tempestade Perfeita: a convergência da IoT com o Blockchain e a Inteligência Artificial

A Web está aí há pelo menos duas décadas. Mas será que ela é a mesma plataforma usada por seus idealizadores, na década de 70 e 80? Ela, que foi a espinha dorsal de toda a nossa existência e crescimento, neste momento, possui milhões de usuários que a usam diariamente, criando valor para a nossa economia e levando a sociedade humana para novos horizontes.

A Web, por mais imperceptível que pareça, está chegando a um estágio voltado para as novas tecnologias de rede descentralizada conhecida como Web 3.0.

A Web 3.0 irá transformar de forma singular nossa sociedade pela combinação de três novas tecnologias, que amadureceram conjuntamente, contribuindo para o que chamamos de “tempestade perfeita”. O alvorecer desse cenário tecnológico poderá criar novas e incalculáveis oportunidades para startups e o bem-estar das pessoas ou, em seu lado mais obscuro, contribuir para a redução da concorrência e dos empregos, fortalecendo monopólios e grandes corporações.

Caso todo este poderio tecnológico seja apenas explorado pelo topo da pirâmide, corremos o risco das 9 Bigtechs passarem a controlar grande parte do destino da humanidade, por dominarem a Inteligência Artificial e demais tecnologias.

As tremendas mudanças tecnológicas dos últimos anos deram saltos exponenciais na maneira como nos comunicamos, interagimos e transacionamos uns com os outros.

A Internet das Coisas (#IoT) trouxe o potencial de sensores de baixo custo embutidos em todas as coisas que nos cercam. Os Blockchains e os Contratos Inteligentes (#SmartContracts) são capazes de fornecer a confiança e a transparência imutáveis e necessárias para construir a base da Web 3.0. A coleta de todos os dados (#BigData) gerados pelas Coisas conectadas fornecerá um contexto surpreendente sobre como nos comportamos e tomamos decisões por meio de melhores análises de dados promovidas pela ciência de dados (#DataScience). Por fim, avanços na Inteligência Artificial (#IA) por meio do Aprendizado de Máquina (#MachineLearning) irão mudar para sempre a maneira como interagimos com as máquinas, com o nosso ambiente e entre nós mesmos.

Veja mais detalhes sobre os benefícios da Web 3.0 em: O papel do Blockchain na nova era da Web.

As Coisas nunca mais serão o que costumavam ser

As Coisas não são mais simplesmente coisas. Hoje, estamos vendo uma transição de coisas em sistemas computacionais capazes de dois novos comportamentos que compõem os alicerces da transformação digital (#DX): o alto poder de coleta e processamento de dados e a interconexão com outras Coisas.

Quando os seres humanos primitivos começaram a usar as coisas como ferramentas, sua função seguia sua forma, ou seja, uma rocha, por ser grande e pesada, pôde ser usada para quebrar outras coisas. Já um pedaço de pau longo e pontiagudo, passou a ser usado para espetar coisas.

À medida que os humanos aprendiam a adaptar os materiais de acordo com seus interesses, e a arte da fabricação surgiu, a humanidade evoluiu para um estado em que a forma seguia a função. Assim, quando se precisou de algo que pudesse bater com precisão em pequenos objetos, produziu-se o martelo. E quando se precisou de algo que cortasse as hastes de trigo, criou-se a foice.

Porém, o ponto de mutação do darwinismo das Coisas foi marcado pelo advento da tecnologia de microprocessador, o componente padronizador final, capaz de executar qualquer tarefa. O desenvolvimento do microprocessador proporcionou poder ilimitado aos designers e projetistas, pois, embora as funções mecânicas sejam limitadas pela natureza dos materiais e pelas leis da física, no domínio digital, qualquer função que o projetista possa imaginar pode ser realizada pelo microprocessador. Como resultado, as Coisas passaram a poder realizar tarefas que seriam impraticáveis – ou impossíveis – por meios puramente mecânicos.

Ninguém sabe ao certo quantas Coisas com características de IoT permeiam nosso dia-a-dia. O Gartner estima que haverá cerca de 26 bilhões até 2020 e mais de 100 bilhões até 2025. Os levantamentos e previsões são os mais variados, todavia todas as estimativas ressaltam que a Internet das Coisas será pelo menos 5 vezes maior do que a Internet das Pessoas. Neste caso, deve-se levar em consideração o crescimento orgânico e linear desta versus o crescimento exponencial daquela.

A fim de entendermos as diversas formas adquiridas pelas Coisas conectadas, onde se encontram e o que fazem, mapeamos o ecossistema de IoT, posicionando as pessoas em seu epicentro.

A abordagem e a taxonomia utilizadas nesse mapa levam em consideração como os princípios da IoT são aplicados a pessoas individuais, seu entorno (veículos e casas), a organização desses arredores (cidades, rodovias e demais sistemas de mobilidade que os conectam), a gama de atividades sociais que acontecem naqueles arredores (essencialmente comércio, mas também turismo, entretenimento e lazer) e, finalmente, nos alicerces das atividades “industriais” e infraestruturais (incluindo agricultura, energia, transporte e logística).

Uma imagem contendo captura de tela

Descrição gerada automaticamente
Mapa do Ecossistema de IoT

Pessoas: A Internet das Coisas e as Pessoas (#5G, #Healthtech, #Wearables & #WearableTech)

Já estamos familiarizados com dispositivos portáteis cada vez mais poderosos e capazes, todavia, a maior parte das coisas que nos acompanham em nosso dia-a-dia ainda o grau de inteligência esperado, se considerarmos o stricto sensu da Internet (Inteligência) das Coisas. Ou seja, nossas roupas não sabem com que frequência elas foram usadas ou lavadas, nem nossos calçados sabem quantos passos eles deram. Além disso, nossas chaves ainda não podem nos dizer se trancamos a porta de casa, quando saímos para o trabalho, e assim por diante. Todavia, todos esses cenários serão corriqueiros em uma década. Vale ressaltar que a capacidade de todos esses itens se comunicarem uns com os outros (e com nosso smartphone) em uma “Rede de Área Pessoal” (Personal Area Network ou #PAM) já existe hoje – embora ainda faltem alguns importantes recursos de segurança, privacidade e padronização de protocolos de comunicação.

Uma imagem contendo pessoa, ao ar livre, homem, edifício

Descrição gerada automaticamente

Atualmente, as PAM estão sendo invadidas pelos wearables, cuja aceitação começa a ser tão significativa, que o Apple Watch, o relógio inteligente mais vendido do mundo, não apenas superou o tradicional Rolex como a marca de relógio de pulso mais vendida da história, como suas vendas anuais já superam a soma das vendas de todas as demais marcas de relógio de pulso. Além disso, para 70% dos mais de 12,2 milhões de usuários, o smartwatch da Maçã foi o primeiro relógio de suas vidas.

Casas: Casas Conectadas e Inteligentes (#HomeKits, #VirtualAssistant, #SmartHomes & #ConnectedHomes)

No caso dos dispositivos domésticos inteligentes (smart home devices), espera-se um nível de inovação e responsividade tão alto quanto a trazida pelos wearables. Neste caso, a barreira a ser vencida é a da casa 100% conectada, ou seja, não apenas computadores e smartphones, mas todos os utensílios e dispositivos domésticos conectáveis: relógios, TVs, alto-falantes, projetores e telas, luzes, câmeras de segurança, portas e janelas, persianas, ar condicionados, aquecedores de água, utensílios de cozinha, entre outros.

Os HomeKits, como, por exemplo, Amazon Echo, Google Home e o Apple HomePod, não são mais novidades no exterior, porém, no Brasil, a história é diferente. Atualmente, a Amazon Echo está fazendo testes no país, e o Google Home está na fase beta dos comandos em português, o que indica que em um futuro breve esses auto-falantes inteligentes deverão ser mais comuns em terras brasileiras.

Esses dispositivos prometem revolucionar a forma com que as pessoas lidam com o próprio lar. A partir deles, com as adaptações necessárias, é possível desde programar sua torradeira para começar a funcionar em um horário específico até fazer compras por meio de comandos de voz.

Todavia, as grandes oportunidades aqui estão relacionadas à integração e usabilidade. Há muitas coisas disponíveis hoje, mas elas ainda não são simples, padronizadas ou confiáveis o suficiente para adoção em massa.

Haverá, também, oportunidades de auto ajuste de desempenho, otimização de uso e manutenção preditiva, quanto os dispositivos domésticos inteligentes atuarão como fontes de dados para as empresas, informando sobre a necessidade de execução de serviços e reparos em nossas casas. Por fim, os utensílios domésticos também poderão vir com espaços de armazenamento “inteligentes” que lembrarão o que há dentro deles, ajudando-nos a encontrar mantimentos e agendar seu reabastecimento – ao manipular seu inventário automaticamente.

Carros: Veículos Conectados e Autônomos – IoT e a Mobilidade (#ConnectedCars & #AutonomousVehicles)

Um outro bom exemplo da introdução da IoT ao nosso cotidiano é representado pelos carros conectados, que, em pouco tempo, serão tão avançados quanto smartphones e computadores pessoais, oferecendo aos motoristas a experiência de estender seu estilo de vida digital até o cockpit de seus veículos.

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Um outro bom exemplo da introdução da IoT ao nosso cotidiano é representado pelos carros conectados, que, em pouco tempo, serão tão avançados quanto smartphones e computadores pessoais, oferecendo aos motoristas a experiência de estender seu estilo de vida digital até o cockpit de seus veículos.

À medida que o ecossistema do automóvel se conecta à Internet das Coisas, o motorista passa a ser alertado, por exemplo, quando a garantia do carro está prestes a expirar ou quando alguma peça do veículo precisa ser substituída, aplicando o conceito da manutenção preditiva veicular.

No caso dos automóveis da Tesla, por exemplo, o próprio carro irá solicitar que um motorista da oficina venha buscá-lo a fim de executar a manutenção necessária. A previsão, segundo o Gartner, é que em 2020 existirão 250 milhões de carros conectados.

Cidades: Cidades Conectadas e Inteligentes (#SmartCities & SmartGrid)

Saindo das quatro paredes e evoluindo para um contexto social mais amplo, envolvendo bairros e cidades, chegamos à SmartCities. Neste cenário, a oportunidade será tornar estruturas e coleções de estruturas “inteligentes”, bem como a infraestrutura e os serviços de utilidade pública que os conectam e suportam. Uma vez que tudo estiver instrumentado, continuamente monitorado e analisado, poderemos melhorar o uso de bens de capital (melhores fluxos de tráfego nas rodovias; melhor uso de estruturas; maior facilidade de entrada e saída; uso mais eficiente de energia; mais serviços “sob demanda” do que “serviços regularmente programados” – e assim por diante.

Comércio: A IoT e o Varejo (#SmartTag, #Logistics)

A categoria “Comércio” abrange principalmente o varejo “inteligente” nas lojas, mas também inclui plataformas de logística e mobilidade urbana, hospitalidade e entretenimento e sinalização digital personalizada.

No admirável mundo novo da Internet das Coisas, qualquer Coisa conectada poderá disparar processos de compra, tomando decisões automatizadas baseadas na demanda de contratação de um serviço ou na aquisição/reposição de um produto. Trata-se do conceito de “Commerce-Based IoT”.

Assim, por meio da convergência entre os meios de pagamentos e a Inteligência das Coisas, todo e qualquer dispositivo conectado passará a atuar com se fosse um consumidor online. Desta forma, combinando a tecnologia às possibilidades de negócios da IoT, empresas de todos os tamanhos serão capazes de introduzir experiências seguras de pagamento eletrônico em qualquer objeto conectado à Internet com facilidade.

Indústria: A 4ª. Revolução Industrial 4.0 (#4IR, #IIoT & #Industry40)

Este é outro grande mercado potencial que abrange desde agricultura e pecuária até produção e transporte de petróleo e gás. Nesses ambientes, há muitas oportunidades para turbinar a telemetria existente a fim de viabilizar a execução de análises contínuas, gerando insights para análise de tendências, gerenciamento de demanda e planejamento de capacidade e a manutenção preditiva de bens de produção, por exemplo.

Ficará claro que muitas dessas oportunidades irão (ou deverão) interagir umas com as outras. O “você” digital, representado por sua rede de área pessoal (PAN), irá interagir com seu veículo, a fim de estimar, por exemplo, os tempos de viagem e os pontos de recarga de seu carro elétrico (quando, onde e por quanto tempo recarregar a fim de evitar uma “pane seca”), guiando-o até o estacionamento mais conveniente de seu destino e lembrando-o onde estacionou o carro quando retornar de seu compromisso.

A demanda agregada no nível pessoal flui para os níveis local, regional e nacional, atingindo o uso preditivo e o gerenciamento de capacidade nos mercados comercial e industrial. Flutuações de curto prazo poderão ser suavizadas ou, se isso não for possível, ao menos previstas e previamente mitigadas. O preço pode ser ajustado, e a capacidade reaproveitada, melhorando os rendimentos e diminuindo ociosidades.

Enfim, o potencial da IoT é inesgotável e, atualmente, dificilmente previsível, pois ainda existem diversos cenários não concebidos. A maioria das peças necessárias ao quebra-cabeças já se encontra disponível, porém ainda precisamos evoluir muito na criação de padrões, garantias de interoperabilidade, confiabilidade, resiliência e segurança. A IoT veio para ficar e não restará cenário algum que não seja minimamente impactado por seu poder transformador.

Observatore – Gerson Rolim, Chief Innovation Officer


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